O Peso Do Pássaro Morto conta a  vida de uma mulher, dos 8 aos 52, desde as singelezas cotidianas até as tragédias que persistem, de tempos em tempos . Um livro denso e leve, violento e poético. É assim O peso do pássaro morto, romance de estreia de Aline Bei, onde acompanhamos uma mulher que, com todas as forças, tenta não coincidir apenas com a dor de que é feita.

      O tema que persiste em todos os contos de sua idade seria a morte, sendo ela literal ou só uma metáfora, sim uma metáfora, como ela em sua jornada chamada de vida e como nós e você que provavelmente está sentado, estamos morrendo, seja o nosso corpo, emoções, lembranças ou até mesmo você próprio.

      A forma que a autora escreve e às vezes nos confunde se realmente ela não tenha passado por isso, pois por pequenas palavras, colocações e até mesmos os diálogos parecem tão vívidos e sentimentais. Por exemplo em sua fase de infância, escrever de uma forma embaralhada, com diálogos inocentes e a sua forma doce de enxergar o mundo e problemas que a afeta e com isso aos poucos vem a morte de sua inocência.

“A cura não existe “ um título de uma redação feita pela personagem, uma frase  que se dá para questionar, pois existe cura para várias doenças, mas não há cura para a vida, as dore que ela nos proporciona, às suas fatalidades que nos machucam, a morte de nossas esperanças. Com a morte sempre vem algo a se nascer, seja ele uma lembrança que lhe conforte e da esperança em sua vida, como também algo que lhe ferir e sem nenhum êxito mataria com suas próprias mãos a vida seria composta por vivências, seja as perdas e talvez ganhos, mas até quantas perdas cabem em uma vida? isso é algo que possa ser respondido com esse livro. Que se leia, pois com cuidado e atenção.