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O #BrequeDosApps e a Precarização do Trabalho

Escrito por: Isadora Dmitruk

Na quarta-feira, dia 1 de julho, ocorreu o #BrequeDosApps, uma greve nacional dos entregadores de aplicativo que pediam melhorias nas suas condições de trabalho. Entre as reivindicações estavam o aumento da taxa mínima de entrega e do preço por quilômetro rodado, o fim dos bloqueios injustificados e também do sistema de pontuação.

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Durante o isolamento social essa categoria entrou em evidência, sendo considerada serviço essencial. O trabalho diário desses profissionais facilita a vida das pessoas e a torna muito mais prática, entretanto, essa atividade tem um lado negativo para muitos dos entregadores.

No cenário econômico atual do país, com o índice de desemprego cada vez mais alto, o trabalho autônomo se tornou uma – e muitas vezes a única – alternativa de renda para a maioria da população. Com a grande quantidade de entregadores nos aplicativos de entrega, passou a existir muita competitividade. Os trabalhadores ganham por entrega e por quilômetro rodado, isso faz com que eles corram em velocidades muito altas durante as entregas, colocando a própria vida em risco, e os aplicativos não oferecem nenhum tipo de garantia, seguro ou licença caso o entregador se acidente.

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Os aplicativos se categorizam como empresas de tecnologia e, portanto, não possuem nenhum tipo de vínculo empregatício com o entregador, o que os isentam de garantir direitos trabalhistas a ele. O lado positivo seria que o trabalhador autônomo teria mais liberdade e autonomia para trabalhar onde e quando desejasse, no entanto, alguns aplicativos contam com um sistema de pontuação que “obriga” o entregador a trabalhar nos fins de semana (caso ele não trabalhe, não ganha os pontos necessários para trabalhar na próxima semana) e também bloqueiam aqueles que se recusam a fazer uma entrega que não daria lucro.

O Breque dos Apps levanta a questão da precarização do trabalho: O trabalho informal atualmente tem sido vendido como “o trabalho do futuro” e, na teoria, oferece liberdade e autonomia para o trabalhador. Na realidade, os informais trabalham, mas quem lucra são as grandes empresas, que agora além de explorarem o trabalhador (que chamam de “empreendedor” para tornar a exploração menos evidente) não precisam mais garantir nenhum direito trabalhista, plano de saúde, aposentadoria, licença nem salário. A empresa não gasta dinheiro algum com seus trabalhadores, mas lucra com o trabalho deles. 

Como seguir seus sonhos e ambições sem saber se amanhã você vai conseguir pagar seu almoço? Como viver preocupado em sobreviver?

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