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Amor que consome

Por Luiza Valotto

        Mais um Dia dos Namorados e para os que possuem uma pessoa para amar, essa não é uma data que deve passar despercebida. Trocar presentes e lembranças já virou tradição em todo o país no dia 12 de junho. Esse dia foi escolhido propositalmente, pois junho era um mês muito fraco para vendas, levando em conta que dia 12 era véspera do dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. Foram lançadas diversas propagandas a fim de instituir a data no país. Entre elas, uma que dizia: “Não é só com beijos que se prova o amor!” e assim aos poucos a ideia começou a se tornar popular em todos os lugares até que se tornou um dia nacionalmente conhecido.

           A cada ano, com a acumulação de capital das empresas que puderam se expandir e oferecer os mais variados produtos e juntamente com os anúncios publicitários houve um aumento significativo do consumo em datas comemorativas em todo o mundo provocado pelo crescimento populacional e influência do capitalismo. Portanto, a maneira como o capitalismo manipula as nossas mentes com a finalidade de nos levar ao consumismo é algo que deve ser repensado. Enquanto muitos de nós não percebemos ou ignoramos as situações que são criadas pelo mundo de consumo, o comércio explora nossas paixões, vulnerabilidades e vontades imediatas para nos dominar, criando novas imposições capitalistas a todo instante e se tornando mais um incentivo ao consumo. 

        O acúmulo de produtos supérfluos leva a sociedade à uma deterioração de hábitos e valores, pois as pessoas se tornam progressivamente escravas do materialismo. As próprias relações sociais se desvalorizam diante da crescente produção de mercadorias no qual os relacionamentos se submetem a princípios materiais. O consumismo pode provocar também uma grave perturbação psíquica que leva o indivíduo a um gasto compulsivo. A natureza também é prejudicada pelo consumo desenfreado, logo que o acréscimo das mercadorias, não só da demanda, mas também da oferta e produz no meio ambiente o aumento do volume do lixo, não condizente com a sua capacidade.

       Existem variadas formas de se comemorar o amor, porém, presentear um ao outro já é algo tão tradicional que caso não aconteça pode soar como falta de consideração. Sendo assim, o que era para ser espontâneo virou uma obrigação e, muitas vezes, até esquecemos o real significado da data, pois torna-se algo monótono. Para isso é essencial que saibamos diferenciar e entender - mesmo que de forma gradual - o que realmente importa para nós, de modo que o Dia dos Namorados seja uma data para ser lembrada como uma forma de demonstrar o amor e o carinho entre os companheiros. As possibilidades são enormes e não importa muito o que é em si, mas o cuidado com que você pensou na pessoa e o quanto quis agradar. É uma forma de valorizar quem está ao seu lado, sem consumir desesperadamente.

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